MAIS PENICHE
Oferecer um Pouco mais de Peniche (Nasceu a 4 de Novembro de 2011)
quinta-feira, 9 de abril de 2020
sábado, 5 de julho de 2014
FECHO DE EDIÇÃO
O BLOGUE MAIS PENICHE TERMINA A SUA EDIÇÃO DE TRABALHOS.
PERMANECE, NO ENTANTO, A PARTIR DE HOJE, ABERTO SOMENTE PARA CONSULTA.
A TODOS, MUITO OBRIGADO.
PAULO GONÇALVES
quinta-feira, 13 de março de 2014
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
sábado, 1 de fevereiro de 2014
CAMINHO VERDADE E VIDA
16
Milhares de pessoas morrem de sida todos os anos. A ajuda humanitária escasseia. Em certos países há falta de tudo incluindo o saneamento básico e os cuidados de saúde primários.
A fome mundial alastra e toda a ajuda é pouca. Morrem milhares de pessoas com fome, doenças e vítimas de guerra.
Falta tanto amor no nosso mundo! Preocupo-me senhor, com tanta coisa da minha vida, e por vezes lembro-me destas vidas esquecidas. Como me sinto egoísta e culpado. Como gostaria de não me sentir assim e que isso significasse abundancia e igualdade para todos.
Ajuda-me senhor, a encontrar meios e energia para olhar e ajudar o meu irmão. Ajuda-nos senhor, a ajudar, e incute-nos essa vontade, que ela venha do coração, para melhorar um pouco este nosso mundo tão egoísta que só se idealiza em economia e avareza.
Paulo Gonçalves
sexta-feira, 20 de dezembro de 2013
BREVE VISÃO (NATAL)
5
A chegada do Natal ilumina a nossa cidade de luz e cor. As
montras sempre alusivas à época acompanham este encanto. O presépio na cascata
faz-nos lembrar Natais já distantes. Como é bom verificar que Peniche está
vivo neste frio Dezembro. Um santo Natal.
Paulo Gonçalves
O CASTELO
Construir um castelo todo feito de ar era o que sentia
Tiago, aquele pescador de olhos tristes e que a vida tanto maltratara. Naquele
dia sabia que tudo se poderia perder. O que restava também não era grande
coisa. Depois de ter perdido os pais e ganho a incompreensão de sua mulher, já
nada importava.
O vento, teimosamente soprava, e nem a ténue esperança de
uma recusa de aventura o consolavam. De facto a ordem de ir para a faina do mar
mantinha-se inalterada.
Ao chegar ao cais ainda parafraseou para Joaquim, seu
mestre;
- O mar não está de feição!
- Quero lá saber! Temos que nos aventurar! Quem não arrisca
não petisca! – Respondeu Joaquim.
As gaivotas esvoaçavam aquele cinzento céu, numa lamúria
flamejante, quando o barco já rasgava as águas do mar, aquele barco que lhe
devolvera a esperança de vida. O coração palpitava de ansiedade e nervosismo. O
medo tomara conta do seu ser.
Em alto mar, chuva e vento turvavam-lhe os olhos e a alma. A
instabilidade do que o rodeava comparava-se à sua própria instabilidade.
Por fim os gritos vitoriosos de Joaquim fizeram com que
acordasse para o que estava a acontecer…
- Força! Força! O peixe é nosso!
De uma só vez, a oval de rede descarregou uma quantidade
enorme de peixe.
- Vamos voltar. Temos venda! – Exclamou Joaquim para a sua “companha”
que vibrava de alegria.
De volta a terra o vendaval teimou na sua revolta e o mar
respondeu.
Uma enorme vaga avançou em direcção à embarcação que quase
tombou. A chegada à barra tudo se tornou mais complicado.
- Tenham calma! Vistam os coletes! - Ordenou Joaquim.
Imediatamente se dirigiu para o rádio em busca de ajuda.
Tiago estava em pânico, a sua vida poderia acabar naquele
momento.
Nova, e maior vaga, se aproximava. O desespero apoderou-se
de si e em altos brados dirigiu o seu olhar aos céus.
- Meu Deus, mais nada me resta! Nunca acreditei em ti! Neste
momento dirijo-me àquele em que nunca acreditei. Tem piedade de mim, da minha
mulher e do meu filho. Só tu me podes salvar! Ajuda-me!
De imediato a embarcação se inclinou perante a força da vaga
e encarreirou ganhando velocidade para a entrada do porto. Jamais poderia
acreditar que estava fora de perigo. Sentiu que Jesus o ouvira naquela hora de
aflição. A emoção aflui-lhe aos olhos.
A chegada ao cais fora inesquecível, avistara ao longe a sua
mulher, aflita, com o seu filho ao colo.
- Maria, eu não te largo mais. Tu e o meu filho são as minhas
maiores riquezas. Hoje descobri um novo e grande amigo.
- Quem?
- Aquele que me salvou a vida no mar e em terra, chama-se
Jesus.
Os olhos de Maria ficaram mar pelo verdadeiro milagre de
amor ocorrido na vida do seu marido.
Quantos de nós ainda somos como São Tomé e mesmo com tantos
milagres na nossa vida ainda necessitamos de visão porque o que o nosso coração
alcança não consegue sentir Deus.
Paulo Gonçalves
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